A comunicação corporativa é um dos pilares estratégicos das organizações e deve ser tratada como essencial para geração de valor. Nesse contexto, cabe ao conselho consultivo reforçar a importância de práticas que sustentem a cultura organizacional, o propósito e a ética. A comunicação, quando bem estruturada, fortalece a identidade da organização e garante alinhamento entre colaboradores, lideranças e demais partes interessadas, visando assegurar coerência entre discurso e prática.
Um dos principais pontos de atenção está na diferenciação entre marca e reputação. A marca representa a promessa e o posicionamento da empresa diante do mercado, enquanto a reputação traduz a percepção real construída ao longo do tempo. A reputação é um ativo intangível valioso e frágil: demora a ser consolidada e pode ser destruída rapidamente. Por isso, uma boa estratégia de gestão da reputação é fundamental. O conselheiro consultivo precisa estar atento a este aspecto.
Outro aspecto essencial é a gestão de crises. Muitas empresas não estão preparadas para responder de forma adequada a situações de risco. A ausência de planos estruturados compromete tanto a reputação quanto a confiança de clientes, investidores e sociedade. O conselho deve estimular a criação e o acompanhamento de planos de crises, com cenários previamente ensaiados, respostas simuladas e probabilidades avaliadas. Esse preparo aumenta a resiliência da marca e pode transformar situações críticas em oportunidades de fortalecimento.
A comunicação interna também desempenha papel central no desempenho organizacional. Funcionários que se sentem desconectados da empresa tendem a perder produtividade, reflexo direto de falhas de comunicação ou de desalinhamento cultural. Cabe ao conselho verificar se a empresa possui um plano de comunicação claro, acessível e conhecido por todos os níveis hierárquicos.
Em resumo, a comunicação corporativa deve ser vista como estratégica em todos os níveis da organização. Ao conselho consultivo cabe o papel de guardião do propósito, da ética, da cultura e da reputação, garantindo que a empresa tenha planos de comunicação, gestão de marca e de reputação bem estruturados e constantemente avaliados. Somente assim será possível assegurar resiliência, confiança e crescimento sustentável.
JRCF | José Roberto 